terça-feira, 24 de novembro de 2009

A CARNE

Farto banquete é
A carne...
Lasciva, sequiosa!
Entre pernas, suor e saliva
Pêlos que se alinham na
Obediente marcha do arrepio,
Sobre a mais irregular
E desejada superfície
A pele...
Comandante aclamada
Da biologia das moléculas e
Da química das reações
Por decerto, até a física quântica
De Einstein
Curvar-se-ia diante dela.
E em meio a um emaranhado de fios,
A língua em botões e
Lanças em rosas,
O fogo, em soberana atuação,
Consome o solo
E sorvemos, então,
A saciedade do corpo.

domingo, 22 de novembro de 2009

O ALGOZ


Sou mesmo o algoz de mim...
Torturo,
Maltrato,
Condeno-me!
E qual íntima voz
Ousaria gritar certeza?
Até as mais sutis escolhas
Atormentam,
Assombram,
Aceleram-me!
Certamente aí se esconde
O portento...
No risco,
No expor-se!
Qual graça teria
O mais convidativo repasto
Sem a fome?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


.: Nunca puna a tua certeza pela dúvida de outrem, sob pena de pesar a tua coragem com a mesma medida da covardia alheia. :.