terça-feira, 7 de maio de 2013

FESTIVAL "VARILUX" DE CINEMA


E, por falar em "X da questão", enquanto o Eike chora por estar um pouquinho "menos bilionário", um casal de namorados da cidade maravilhosa tenta se entender ao telefone:

- Amor?

- Falaê, Vic!
- Pensei numa coisa legal, lindo, pra gente fazer nesse final de semana.
- Tá bom, Vic. Mas c pode falar rapidão? É que tô vendo o jogo aqui.
- Tá! Bê, que tal se a gente fosse ver um filminho no sábado? É que começou o Festival Varilux de Cinema e...
- Filho da p...!
- Bernardo, c tá louco? Foi comigo isso?
- Claro que não, né, Vic! São esses caras desse time que ficam dando mole pro adversário. Eu fico muito irado com isso. Mas o que c tava falando mesmo?
- Do cinema, Bê!
- Ah, no sábado? Formou, então. Tinha falado com uns moleques lá da facul que tem vários filmes sinistros passando. Tem "Homem de Ferro 3", "Em transe"... Qualquer um tá bom pra mim.  A gente pode combinar de ir ver esse negócio de óculos pra você outro dia. Aliás, seu grau mudou?
- Tutututututu...
- Victória? Hum... Deve ter se ligado que não dava pra perder os lances dos caras agora! Vou combinar com a molecada e, depois, dou a ideia do esquema nela. Partiu mengão!

Homens: seres complexos, brilhantes, imprevisíveis e interessantes... Só que não!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

REHAB


Hoje pela manhã, tive uma recaída. Pois é... Sei que todos dirão que ter recaídas é algo relativamente comum durante o processo de recuperação. Mas dá muita raiva! Bate aquela sentimento de impotência diante do hábito e da imperiosa força das tendências. Mais do que isso: vem aquele arrependimento junto com a impressão de que demos mil passos para trás; dá “aquela coisa ruim” perto do diafragma que sinaliza quando o emocional já está sabotando o nosso físico. E eu estava até indo bem, sabe?! Pelas minhas contas superficiais, estava há incríveis vinte e três dias sem “me trair”. A terapia estava rendendo a experiência maravilhosa da fantástica viagem para dentro. Amigos e familiares permaneciam ali, o tempo todo do meu lado, entusiasmando minhas intenções, minha tímida vontade de seguir em frente! Confesso, no entanto, que é muito difícil. A abstinência certamente mereceria uma outra história ao lado da história – uma sensação corrosiva de aprisionamento aos terríveis, e velhos conhecidos, fluxos mentais de pensamentos reiterados pela necessidade de algo. Acho que aquilo de “ser gauche na vida”, Drummond escreveu pra mim! Mas não temo a culpa. Realmente, fui fraco e devo confessar minha derrapada (meu terapeuta sempre diz que isso representa importante passo para o êxito). Vítima do próprio vício, hoje pela manhã, tive uma recaída – mais uma vez, atendendo ao instinto, fui tentar ser bonzinho e acabei bancando o trouxa! Só digo uma coisa: esse vício de ser BESTA ainda vai acabar comigo.