Hoje pela manhã, tive uma recaída. Pois é... Sei que todos dirão
que ter recaídas é algo relativamente comum durante o processo de
recuperação. Mas dá muita raiva! Bate aquela sentimento de
impotência diante do hábito e da imperiosa força das tendências.
Mais do que isso: vem aquele arrependimento junto com a impressão de
que demos mil passos para trás; dá “aquela coisa ruim” perto do
diafragma que sinaliza quando o emocional já está sabotando o nosso
físico. E eu estava até indo bem, sabe?! Pelas minhas contas
superficiais, estava há incríveis vinte e três dias sem “me
trair”. A terapia estava rendendo a experiência maravilhosa da
fantástica viagem para dentro. Amigos e familiares permaneciam ali,
o tempo todo do meu lado, entusiasmando minhas intenções, minha
tímida vontade de seguir em frente! Confesso, no entanto, que é
muito difícil. A abstinência certamente mereceria uma outra
história ao lado da história – uma sensação corrosiva de
aprisionamento aos terríveis, e velhos conhecidos, fluxos mentais de
pensamentos reiterados pela necessidade de algo. Acho que aquilo de
“ser gauche na vida”, Drummond escreveu pra mim! Mas não temo a
culpa. Realmente, fui fraco e devo confessar minha derrapada (meu
terapeuta sempre diz que isso representa importante passo para o
êxito). Vítima do próprio vício, hoje pela manhã, tive uma
recaída – mais uma vez, atendendo ao instinto, fui tentar ser bonzinho e acabei bancando o trouxa! Só digo
uma coisa: esse vício de ser BESTA ainda vai acabar comigo.
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