segunda-feira, 6 de maio de 2013

REHAB


Hoje pela manhã, tive uma recaída. Pois é... Sei que todos dirão que ter recaídas é algo relativamente comum durante o processo de recuperação. Mas dá muita raiva! Bate aquela sentimento de impotência diante do hábito e da imperiosa força das tendências. Mais do que isso: vem aquele arrependimento junto com a impressão de que demos mil passos para trás; dá “aquela coisa ruim” perto do diafragma que sinaliza quando o emocional já está sabotando o nosso físico. E eu estava até indo bem, sabe?! Pelas minhas contas superficiais, estava há incríveis vinte e três dias sem “me trair”. A terapia estava rendendo a experiência maravilhosa da fantástica viagem para dentro. Amigos e familiares permaneciam ali, o tempo todo do meu lado, entusiasmando minhas intenções, minha tímida vontade de seguir em frente! Confesso, no entanto, que é muito difícil. A abstinência certamente mereceria uma outra história ao lado da história – uma sensação corrosiva de aprisionamento aos terríveis, e velhos conhecidos, fluxos mentais de pensamentos reiterados pela necessidade de algo. Acho que aquilo de “ser gauche na vida”, Drummond escreveu pra mim! Mas não temo a culpa. Realmente, fui fraco e devo confessar minha derrapada (meu terapeuta sempre diz que isso representa importante passo para o êxito). Vítima do próprio vício, hoje pela manhã, tive uma recaída – mais uma vez, atendendo ao instinto, fui tentar ser bonzinho e acabei bancando o trouxa! Só digo uma coisa: esse vício de ser BESTA ainda vai acabar comigo.

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